Nome: A empregada: Bem-vinda à família
Por: Freida McFadden
Ano: 2023
Idioma Original: Inglês
Tradução: Roberta Clapp
Editora Arqueiro
Sinopse:
Todos os dias, Millie limpa a casa de Nina e Andrew Winchester de cima a baixo. Pega a filha deles na escola. Prepara refeições deliciosas para a família toda antes de poder se recolher e enfim comer o próprio jantar, sozinha em seu quarto minúsculo e claustrofóbico no sótão.
Quando Nina passa a sujar todos os cômodos de propósito só para assisti-la limpar, Millie tenta não perder a cabeça. Quando ela conta mentiras perturbadoras sobre a própria filha e tortura psicologicamente o marido, que parece mais e mais fragilizado, Millie tenta ignorar.
Afinal, com seu passado problemático, ela tem mais é que agradecer por ter conseguido esse emprego.
No entanto, ao olhar bem dentro dos lindos e doces olhos de Andrew e ver o sofrimento contido neles, Millie não consegue deixar de imaginar como seria ter a vida de Nina. O closet cheio de roupas, o carro elegante, o marido perfeito.
Logo os Winchesters vão descobrir que não fazem a menor ideia de quem Millie é de verdade. Nem do que ela é capaz de fazer…
Comentários:
Em primeiro lugar acho um erro comparar o livro com suspenses mais sérios como fazem na sinopse, citando A mulher na janela e A garota no trem. Isso leva muitos a esperar algo que o livro não oferece. Pra mim ofereceu entretenimento, me diverti bastante lendo, mas no geral é mediano, vou ler os outros? Sim, mas por diversão, espero que o próximo melhore em alguns pontos, com uma estrutura menos rasa ou frágil de questionar.
Ao contrário dos suspenses citados, o livro me lembrou algumas comédias que já vi na vida (me escaparam agora, mas anotarei para editar e citá-las aqui no futuro), com personagens fazendo coisas absurdas e até pesadas, mas com uma leveza que tira a tensão, deixa a gente curiosa querendo saber o que vai acontecer, mas sem surtar de nervoso. Acho que seria um filme que acabaria com uma cena da empregada limpando uma bancada sujinha de sangue e piscando pra gente ao sumir com a evidência.
Nesse thriller cômico eu dei várias risadas acompanhando a Millie. Ela é simplória e nos entrega comentários como: “Tenho um daqueles aparelhos de flip pré-pagos que as pessoas só usam se forem cometer um crime ou se voltaram quinze anos no passado”. Isso remove muita o clima tenso que poderia existir em várias cenas, bom pra uns, ruins pra outros, eu sou neutra nesse ponto, acho que essa falta de profundidade é ótimo pra sair de ressacas literárias.
Algo que gostei também é a total falta de confiança que a Millie nos dá. Um momento ela está ouvindo algo e se distrai, aí mais na frente dizem que tinham falado e ela veemente afirma que não disseram, mas até ela não tem muita convicção no off, e ficamos na dúvida, gaslighting ou falta de atenção?
Sem spoilers pra não afetar a leitura de ninguém. A medida que o livro segue começando a entender tudo e há vários alertas que passam direto pela cabeça da Millie, a inocente. Até certo ponto eu fiquei super entretida. Quando o POV muda é um acontecimento. Mas o final é bobo, mas pense, bobinho, bobíssimo, não tinha um amigo pra avisar a autora. Eu vou ignorar a cena do detetive e da mãe do Andrew pelo absurdo (só lendo pra saber).
No começo eu não sabia se torcia ou não por ela, mas a medida que descobri sobre suas motivações não teve como não torcer pra Millie ter sucesso nas trambicagens. Então apesar de tudo eu gostei da cena final com a Millie, como eu disse lá no começo, é um desfecho caricato, a cara do livro.
Com certeza vou ler os outros livros da série. Será sem muitas expectativas, mas espero diversão (e Enzo podia voltar, gostoso, único meio sensato, meio kkkkkkk).
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Obs: Vi comentarem que lembra A outra Sra. Parrish, A Volta da Chave e Entre Quatro Paredes, vou ler eles pra opinar.
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Becca7
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