Nome: Uma família feliz
Por: Raphael Montes
Ano: 2024
Editora Companhia das Letras
“Um thriller que coloca o dedo na ferida das famílias idealizadas.” ― Vera Iaconelli
Sinopse:
Em Uma família feliz, o mestre do suspense Raphael Montes desbrava as tensões das relações familiares e do mundo de aparências de um condomínio perfeito, em uma trama complexa sobre infância e maternidade. Do autor da novela “Beleza Fatal”, da Max e criador da série original Netflix “Bom dia, Verônica”.
Eva tem a vida perfeita. Seu marido é um jovem advogado em ascensão. Suas filhas gêmeas são lindas, inteligentes e saudáveis. Seu trabalho, a arte reborn, é um sucesso na internet. À sua volta, tudo está à mão: o Blue Paradise, condomínio fechado de classe média-alta na Barra da Tijuca, oferece todo tipo de serviço para que ela não precise sair do conforto de seu lar. Eva tem a vida perfeita ― até descobrir que está grávida e seu mundo virar de cabeça para baixo.
Conhecido por seus suspenses de tirar o fôlego, com mais de 500 mil exemplares vendidos, Raphael Montes inova ao começar este thriller psicológico pelo último capítulo. Assim, como uma bomba-relógio prestes a detonar, acompanhamos os caminhos surpreendentes e as tensões que levam essa família feliz a um final avassalador.
Comentários:
Esse foi meu primeiro contato com o autor. A escrita é bacana e envolvente e a história flui de um jeito bem legal. O primeiro capítulo é o fim, Eva está enterrando uma filha num quintal e arrastando a outra pro carro pra desviver a mini querida também. Uma super família feliz.
Depois a história volta 1 ano no tempo pra acompanhamos aquela família e entender como o negócio desandou naquele grau. Tem nuances legais ao longo da narrativa, como é condomínio, os moradores, as amizades, os problemas de ricos.
Nessa figura ampla do condomínio acho que algo que incomodou é a visão do autor das mulheres como fofoqueiras, infiéis, histéricas, abusivas… acho que só salvou 1 criança nos termos perjorativos, homens no livro são provedores, coitados, traídos. Não vou me aprofundar, mas senti que as mulheres eram caracatas e isso fala mais do autor do que das cenas, não teve balanço nenhum aqui (como alguém que já viu barracos em condomínios, homens podem dar verdadeiros shows).
Enfim, outros 2 pontos que me incomodaram foi a Eva ter apagões quando coisas ruins aconteciam, uma coisa é uma coinscidência, outra é isso se repetir várias vezes, não lembro de uma justificativa pra essas cenas convenientes, ficou um toque de preguiça pra desenvolver algo mais justificável que conscidências. Outra coisa foi perto do final, não vou entrar em detalhes pra segurar o spoiler, mas até uma pessoa leiga em informática sabe que deletar um arquivo não significa que ele é irrecuperável. Então algo que foi deletado aí como “prova” com certeza teria sido recuperado e não sei se a Eva estaria desesperada assim (e pulando um pouco para o filme, com a cena extra fica evidente que qualquer investigação desenvolvida no crime não refletiu isso rs).
Uma leitura fluída, que até me envolveu e gostei do ritmo, mas grande parte dos eventos senti que foram impulsionados com a premissa do leitor leigo não ver os furos e falhas e até preguiças, então fica um “indico com ressalvas”, pode ser que agrade ou não.
Sobre a edição física da Companhia das Letras: maravilhosa, folhas de qualidades, mas com um livro de fácil manuseio, papel amarelado e fonte adequada.
Onde encontrar: https://amzn.to/3QRBKzR
Quanto ao filme, assisti e como disse acima, aquele final podia não existir, é chamar a gente de burro achar que não teriam descoberto a verdade. E acho que a Grazi Massafera carregou o filme nas contas, a atuação do Reynaldo Gianecchini foi bem sofrível de ver, não senti conexão com o personagem.
-
Becca6
-
User Ratings (1 Votes)
8.2